Bem vindos ao "O Farol", esperamos contribuir de alguma forma em suas pesquisas ou esclarecimentos sobre essa nova metodologia de aprendizagem a Educação a Distância.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Qualidade na EaD.


No contexto da política permanente de expansão da educação superior no País, implementada pelo MEC, a EaD coloca-se como uma modalidade importante no seu desenvolvimento.

Nesse sentido, é fundamental a definição de princípios, diretrizes e critérios que sejam Referenciais de Qualidade para as instituições que ofereçam cursos
nessa modalidade.

Por esta razão, a SEED/ MEC apresenta, para propiciar debates e reflexões, um documento com a definição desses Referenciais de Qualidade para a modalidade de educação superior a distância no País.

Esses Referenciais de Qualidade circunscrevem-se no ordenamento legal vigente em complemento às determinações específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773 de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007

Devido à complexidade e à necessidade de uma abordagem sistêmica,referenciais de qualidade para projetos de cursos na modalidade a distância devem compreender categorias que envolvem, fundamentalmente, aspectos pedagógicos, recursos humanos e infra-estrutura. Para dar conta destas dimensões, devem estar integralmente expressos no Projeto Político Pedagógico de um curso na modalidade a distância os seguintes tópicos principais:

(i) Concepção de educação e currículo no processo de ensino e aprendizagem;
(ii) Sistemas de Comunicação;
(iii) Material didático;
(iv) Avaliação;
(v) Equipe multidisciplinar;
(vi) Infra-estrutura de apoio;
(vii) Gestão Acadêmico-Administrativa;
(viii) Sustentabilidade financeira.

Texto na integra no endereço:

 http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf

Então o como podemos perceber a qualidade em EaD? Atendendo todos esses quesitos podemos afirmar que o mesmo é qualitativo?



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tempos Modernos e a Tecnologia


Em Tempos Modernos - um clássico do cinema mudo, Charles Chaplin retrata com criatividade a situação que os trabalhadores enfrentaram no início da Revolução Industrial. Isso porque a invenção da máquina a vapor desencadeou uma revolução tecnológica modificando hábitos, costumes e valores humanos até então conhecidos.
 
No começo da Revolução Industrial, acreditava-se que o aumento da produção produziria a igualdade social, mas, ao contrário, a abundância e as novas tecnologias ficaram restritas há poucos e só os mais ricos usufruíam dos seus benefícios. 

Atualmente, ao contrário do que é demonstrado no filme, enfrentamos um aumento no acesso a tecnologia por alguns e acesso exuberado por outros interconectados que chegam a alguns casos causar dependência em suas atividades. Isso porque a eletrônica, ou melhor, a tecnologia veio para ficar porque chips, computadores de bolso, super máquinas, nanotecnologia estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. E, com isso, a substituição de pessoas por robôs, caixas eletrônicos enfim vivenciamos a revolução tecnológica.

O mundo caminha velozmente nas interfaces dos computadores e na ponta dos dedos das pessoas. Antonio Limone, em seu artigo “Reflexões sobre passado, presente e futuro” (2007), afirma: “pela velocidade com que digitam, é de se imaginar que em algum tempo os neurônios da humanidade começarão a se deslocar do cérebro para os dedos, pois, às vezes, me parece que os dedos já começaram a agir mais rapido que a cabeça”.

Aliás, já em 2000, Peter Drucker, em seu texto “Managing knowledge means managing oneself” já profetizava: “em alguns séculos, quando a história de nossos dias for escrita com uma perspectiva de longo prazo, é provável que o fato mais importante que os historiadores destaquem não seja a tecnologia, nem a internet, nem o comércio eletrônico. Será uma mudança sem precedentes da condição humana. 

Por fim, pela primeira vez, literalmente, um número substancial e crescente de pessoas tem escolhas, porque elas gerenciam a si mesmas e a sociedade está totalmente despreparada para isso partir do momento que nem todos tem acesso a tecnologia.

Evolução Tecno-virtual do Homem na Educação

A evolução é amplamente considerada como uma força progressiva impulsionando inexoravelmente uma melhoria racial que pode ser vista como oferecendo um pouco de esperança tangível para nossa espécie com problemas. Infelizmente este modo de pensar está baseado em dois enganos.
· Primeiro, não está de forma alguma claro que a evolução é necessariamente progressiva,
· Segundo, até mesmo quando ela é progressiva, mudança significativa procede em uma escala de tempo muitas ordens de magnitude maiores que a escala de dezenas ou centenas de anos com que os historiadores se sentem confortáveis. Ainda mais se dentro desse processo considerarmos o fartor tecnológico ou o fator virtual
Podemos perceber um novo tipo evolução que acredito, pode ter sido responsável por um dos exemplos mais espetaculares da evolução progressiva: o aumento do cérebro humano – o pensar. Na evolução dos cérebros os homens adquiriram a habilidade de simular modelos do mundo externo e  em formas avançadas co-relacionamos habilidades de imaginação –  assimilação - aprendizado. Não obstante, podemos compará-la a um software de realidade virtual que roda em alguns computadores já algum tempo. Esse seria o ponto do fazer/transmitir: “o mundo virtual interno” no qual os homens podem em efeito se tornar uma parte do ambiente por meio da educação. Daí a importância da tecnologia na educação.
Nesse caso, uma espiral co-evolutiva pode decolar  com  um hardware — especialmente hardware cerebral — evoluindo para se ajustar a melhorias no "ambiente tecno-virtual". As mudanças nesse hardware cerebral estimulam então melhorias nesse ambiente porque é provável que a espiral progressiva avance até mais rapidamente do que se imagina. Contudo se o ambiente virtual é reunido como um empreendimento compartilhado que envolve muitos indivíduos, pode-se dizer que é provável o alcance de velocidades alucinantes se puderem acumular progressivamente com as gerações futuras onde linguagens e outros aspectos da cultura humana fornecerá um mecanismo por meio do qual tal acumulação possa acontecer.
Sobre a evolução do homem que acontece a milhares de anos vimos que um possível candidato que viveu aproximadamente 3m anos atrás é o Australopithecus Afarensis, representado pela famosa "Lucy" deu origem ao H. Australopithecus. A evolução deste por sua vez deu origem ao H. Erectus, (surgiu primeiro pouco antes de 1.6 m. de anos atrás). Uma espécie semelhante ao o H. Erectus descendeu de alguma forma o Homo Sapiens moderno (que data de apenas aproximadamente 100 m. anos atrás) E agora seremos o que? H. Futuris?

Por fim, os progressos científicos e tecnológicos são de valor-neutro. Eles são simplesmente muito bons em fazer o que fazem. Se você quiser fazer coisas egoístas, gananciosas, intolerantes e violentas, a tecnologia científica lhe proporcionará sem dúvida o modo mais eficiente de fazê-las. Assim como se você quiser fazer bem, resolver os problemas do mundo, progredir no melhor senso de valor-compartilhado considerando a educação, uma vez mais, não há nenhum meio melhor a esses fins que o modo tecno-científico. Isso porque sabemos que o conhecimento científico e a invenção técnica e virtual se desenvolvem progressivamente a uma taxa acelerada.
O vídeo faz uma reflexão sobre os avanços da tecnologia daqui a 15 anos. Será que estamos preparados?

Tecnologia na Educação - Ferramentas Cognitivas

Podemos entender ferramentas cognitivas como sendo todas as tecnologias ou aplicações que, numa perspectiva construtivista da aprendizagem, facilitam o pensamento crítico do alunado. Ela permite uma aprendizagem mais significativa porque envolve ativamente dos discentes em um processo de construção do conhecimento, na conversação, na articulação, na colaboração e na reflexão do saber aprender
Segundo Jonassen (1996) em seu livro: Computadores na Sala de aula. Ferramentas Cognitivas Para O Pensamento Crítico (Computers in the Classroom. Mindtools for Critical Thinking), designa 04 (quatro) situações por "aprender com as tecnologias"
Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que a tecnologia apresenta o conhecimento sendo o papel do aluno receber esse conhecimento como se ele fosse apresentado pelo próprio professor (ensino assistido por computador (EAC), mas também filmes educativos, tutoriais, aplicações drill-and-practice, ensino programado, entre outros);
Aprender acerca da tecnologia (learning about), em que a própria tecnologia constitui ela própria objecto de aprendizagem (Computer Literacy; conhecimentos e competências necessários para professores e alunos poderem utilizar uma determinada tecnologia);
Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o computador (programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO);
Aprender com a tecnologia (learning with), em que o aluno aprende usando as tecnologias como ferramentas que o apoiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Neste caso a questão determinante não é a tecnologia em si mesmo, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a, sobretudo como estratégia cognitiva de aprendizagem.
Essas percepções nos mostram a evolução do aprendizado e como o mesmo influência nas mudanças ocorridas no âmbito econômico, político profissional e social.
Exemplo disso veja o vídeo Tecnologia e Educação - A mudança aconteceu:

sábado, 6 de novembro de 2010

Avaliação da Aprendizagem

Existe um bom número de expressões e palavras dentro do novo discurso pedagógico que estão no limiar de se transformar em chavões. Algumas delas são: “aprender a aprender”; “aprendizado centrado no sujeito”; “aprendizado autônomo e cooperativo”; “aprender a ser crítico e criativo”; “construção ao invés de transmissão do conhecimento”; “Inter? Multi? Trans? disciplinaridade”; “sujeito holístico e não fragmentado”; "múltiplas inteligências"; “foco no processo ao invés do produto”. Como, no nosso cotidiano com os alunos, vamos tornar concretas as fantasias que criamos como significado para cada uma dessas expressões?

A teoria de Skinner, principal influenciadora da educação ocidental até hoje, de certa forma explicou como a experiência influencia a aprendizagem, sendo esta entendida como o processo pelo qual o comportamento é modificado como resultado daquela. Nesse sentido, a visão behaviorista ou comportamentalista eliminou o caráter pessimista e preconceituoso da concepção inatista, que, oriunda da influência religiosa, acreditava que cada homem é criado por Deus de forma definitiva, donde pode muito pouco a educação fazer por ele, a não ser aprimorar e desenvolver o seu potencial e os seus talentos inatos. Quando esses talentos não existem, nada há a fazer. As aptidões, a prontidão e os coeficientes de inteligência foram os escudos que a concepção inatista usou para o fracasso da sua prática pedagógica. A recuperação da importância dos fatores ambientais no desenvolvimento foi à grande contribuição do behaviorismo.

Baseado neste contexto a forma como fazemos a avaliação do processo educacional determina e espelha a concepção educacional que subjaz à nossa prática. Mais do que isso, entendo a avaliação como um fator central e determinante do processo de aprendizagem que se processa em varias etapas conforme explicitado no vídeo a seguir.




McConnel (1999) em seus estudos relata resultados de pesquisas que, ao avaliar o grau de relação entre o processo de avaliação e de aprendizado, mostraram que os estudantes em geral escolhem como e o que aprender com base na forma como são avaliados, ou melhor, na forma como eles conseguem imaginar que serão avaliados. Em geral, os estudantes buscam dicas para saber como irão ser avaliados, isso porque freqüentemente eles não costumam ser muito bem informados a respeito.

Na verdade, a avaliação impõe o ritmo do aprendizado. Fazendo uma metáfora musical, podemos dizer que o processo de avaliação é a partitura e o arranjo que a orquestra dos estudantes deve executar. Por isso, entendo ser necessário ter a avaliação como um instrumento a serviço da aprendizagem. Para isso é preciso ter clareza sobre qual o papel da avaliação na aprendizagem. Que papel tem a avaliação para a família, para o aluno, para a aprendizagem e para professores e instituição. De modo geral é preciso entender "o que é avaliar", “o que se avalia” "para que e por que se avalia" e "como se avalia".

Por fim, avaliar é um processo dinâmico de reflexão sobre o que fazemos. É um movimento constante e permanente entre AÇÃO, REFLEXÃO e, novamente, AÇÃO. Nesse sentido, o processo de avaliação e o processo de aprendizagem são entendidos como um só.

Fonte: Baseado no texto “o papel da avaliação educacional nos processos de aprendizados autônomos e cooperativos” de Edla Ramos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aprendizagem colaborativa em ambientes virtuais e a perspectiva sóciointeracionista de Vygotsky

A autora nos traz uma dimensão da teoria interacionista de Vygotsky em ambientes virtuais. A discussão do texto foi iniciada com abordagens sobre a teoria de Vygotsky e suas contribuições para a educação. Os instrumentos e signos foram pauta de comentários sobre a mediação e os meios de aprendizagem. Logo adiante, a autora expõe a importância da fala para uma análise qualitativa das interações nos chats e fóruns, constituindo-se um dos elementos significantes nos ambientes virtuais.

Os dois níveis de desenvolvimento apresentados por Vygotsky, o real e o potencial, culminam na interação da aprendizagem com o desenvolvimento. O pleno desenvolvimento deste potencial depende das interações sociais e de intervenções de alguém mais experiente. Para Vygotsky, a interação entre pessoas com níveis cognitivos diferentes enriquece a aprendizagem. Observa-se, assim, a relevância da sua teoria para a compreensão da interação e mediação em ambientes virtuais.

O texto expõe ainda que durante esse processo, a interdependência entre os envolvidos pode ocorrer em três estruturas sociais diferenciadas: cooperativa (onde os objetivos dos participantes estão vinculados entre si, de forma que cada um alcançará seus objetivos se os outros atingirem os seus); competitiva (cada indivíduo só atinge suas metas se os demais não atingirem os seus) e individualista (não existe relação entre os objetivos a serem alcançados pelos participantes).

“A colaboração caracteriza-se por relações mais igualitárias entre os autores do processo de aprendizagem… Ela preconiza um processo mais democrático que a cooperação por fornecer aos alunos mais poder em um clima de abertura e responsabilidade partilhada. Em razão de sua maturidade, sua responsabilidade e da autonomia que eles gozam, os alunos podem, participando das atividades em grupo, fazer escolhas segundo seu encaminhamento e utilizar estratégias de aprendizagem que lhes convém”.

Fonte: Regina Young GEad-MM

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aula tradicional é "viagem para ego do professor"

No ensino presencial sabemos que quem domina a comunicação são os professores e alguns acham que são os donos da verdade. Trata-se de uma grande viagem para seu ego. O aluno acaba relegado a um papel passivo em sala de aula. Quando o curso é formatado para a educação a distância, os papéis do professor e do aluno mudam. O professor não é mais o entregador do conhecimento, é seu “arquiteto”. Decide qual material é incluído e em que profundidade. O aluno é responsável por estudar a matéria antes das "aulas", que se transformam em momentos de discussão do material lido entre os alunos. É nesse momento que ocorre a aprendizagem.

Outra função importante do professor em EaD é auxiliar o aluno a filtrar informações. A multiplicação de fontes de informação na internet, algumas menos confiáveis ou mais enviesadas que outras, requer um trabalho de um guia experiente em uma grande excussão. Ele deve acompanhar as conversas dos alunos durante as sessões de discussão e interferir quando eles chegarem a um impasse. Deve ajudá-los a interpretar os textos, a ler entre as linhas, algo que nenhuma tecnologia atual pode fazer. Ai sim conquistar todos os alunos gradativamente conforme a limitação de cada um sem exceção o que impedira a evasão no curso.

Baseado na entrevista Fredric Michael Litto – Aula tradicional é "viagem para ego do professor",
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Atuação do tutor em EaD




Os aspectos relevantes da atuação do tutor em EaD, quanto ao processo de construção e compartilhamento de conhecimentos deverá ser um bumerangue que contangie todo o grupo unissonamente onde todos consigam falar a mesma língua na questão do aprendizado para buscar a magia da construção de aprender.

terça-feira, 12 de outubro de 2010



A Educação em nosso país precisa adequar-se ao mundo moderno. A Educação a Distância vem colaborar nesse aspecto e democratizar o ensino, fundamental para nossa participação ativa em sociedade.