Bem vindos ao "O Farol", esperamos contribuir de alguma forma em suas pesquisas ou esclarecimentos sobre essa nova metodologia de aprendizagem a Educação a Distância.

sábado, 6 de novembro de 2010

Avaliação da Aprendizagem

Existe um bom número de expressões e palavras dentro do novo discurso pedagógico que estão no limiar de se transformar em chavões. Algumas delas são: “aprender a aprender”; “aprendizado centrado no sujeito”; “aprendizado autônomo e cooperativo”; “aprender a ser crítico e criativo”; “construção ao invés de transmissão do conhecimento”; “Inter? Multi? Trans? disciplinaridade”; “sujeito holístico e não fragmentado”; "múltiplas inteligências"; “foco no processo ao invés do produto”. Como, no nosso cotidiano com os alunos, vamos tornar concretas as fantasias que criamos como significado para cada uma dessas expressões?

A teoria de Skinner, principal influenciadora da educação ocidental até hoje, de certa forma explicou como a experiência influencia a aprendizagem, sendo esta entendida como o processo pelo qual o comportamento é modificado como resultado daquela. Nesse sentido, a visão behaviorista ou comportamentalista eliminou o caráter pessimista e preconceituoso da concepção inatista, que, oriunda da influência religiosa, acreditava que cada homem é criado por Deus de forma definitiva, donde pode muito pouco a educação fazer por ele, a não ser aprimorar e desenvolver o seu potencial e os seus talentos inatos. Quando esses talentos não existem, nada há a fazer. As aptidões, a prontidão e os coeficientes de inteligência foram os escudos que a concepção inatista usou para o fracasso da sua prática pedagógica. A recuperação da importância dos fatores ambientais no desenvolvimento foi à grande contribuição do behaviorismo.

Baseado neste contexto a forma como fazemos a avaliação do processo educacional determina e espelha a concepção educacional que subjaz à nossa prática. Mais do que isso, entendo a avaliação como um fator central e determinante do processo de aprendizagem que se processa em varias etapas conforme explicitado no vídeo a seguir.




McConnel (1999) em seus estudos relata resultados de pesquisas que, ao avaliar o grau de relação entre o processo de avaliação e de aprendizado, mostraram que os estudantes em geral escolhem como e o que aprender com base na forma como são avaliados, ou melhor, na forma como eles conseguem imaginar que serão avaliados. Em geral, os estudantes buscam dicas para saber como irão ser avaliados, isso porque freqüentemente eles não costumam ser muito bem informados a respeito.

Na verdade, a avaliação impõe o ritmo do aprendizado. Fazendo uma metáfora musical, podemos dizer que o processo de avaliação é a partitura e o arranjo que a orquestra dos estudantes deve executar. Por isso, entendo ser necessário ter a avaliação como um instrumento a serviço da aprendizagem. Para isso é preciso ter clareza sobre qual o papel da avaliação na aprendizagem. Que papel tem a avaliação para a família, para o aluno, para a aprendizagem e para professores e instituição. De modo geral é preciso entender "o que é avaliar", “o que se avalia” "para que e por que se avalia" e "como se avalia".

Por fim, avaliar é um processo dinâmico de reflexão sobre o que fazemos. É um movimento constante e permanente entre AÇÃO, REFLEXÃO e, novamente, AÇÃO. Nesse sentido, o processo de avaliação e o processo de aprendizagem são entendidos como um só.

Fonte: Baseado no texto “o papel da avaliação educacional nos processos de aprendizados autônomos e cooperativos” de Edla Ramos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aprendizagem colaborativa em ambientes virtuais e a perspectiva sóciointeracionista de Vygotsky

A autora nos traz uma dimensão da teoria interacionista de Vygotsky em ambientes virtuais. A discussão do texto foi iniciada com abordagens sobre a teoria de Vygotsky e suas contribuições para a educação. Os instrumentos e signos foram pauta de comentários sobre a mediação e os meios de aprendizagem. Logo adiante, a autora expõe a importância da fala para uma análise qualitativa das interações nos chats e fóruns, constituindo-se um dos elementos significantes nos ambientes virtuais.

Os dois níveis de desenvolvimento apresentados por Vygotsky, o real e o potencial, culminam na interação da aprendizagem com o desenvolvimento. O pleno desenvolvimento deste potencial depende das interações sociais e de intervenções de alguém mais experiente. Para Vygotsky, a interação entre pessoas com níveis cognitivos diferentes enriquece a aprendizagem. Observa-se, assim, a relevância da sua teoria para a compreensão da interação e mediação em ambientes virtuais.

O texto expõe ainda que durante esse processo, a interdependência entre os envolvidos pode ocorrer em três estruturas sociais diferenciadas: cooperativa (onde os objetivos dos participantes estão vinculados entre si, de forma que cada um alcançará seus objetivos se os outros atingirem os seus); competitiva (cada indivíduo só atinge suas metas se os demais não atingirem os seus) e individualista (não existe relação entre os objetivos a serem alcançados pelos participantes).

“A colaboração caracteriza-se por relações mais igualitárias entre os autores do processo de aprendizagem… Ela preconiza um processo mais democrático que a cooperação por fornecer aos alunos mais poder em um clima de abertura e responsabilidade partilhada. Em razão de sua maturidade, sua responsabilidade e da autonomia que eles gozam, os alunos podem, participando das atividades em grupo, fazer escolhas segundo seu encaminhamento e utilizar estratégias de aprendizagem que lhes convém”.

Fonte: Regina Young GEad-MM

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aula tradicional é "viagem para ego do professor"

No ensino presencial sabemos que quem domina a comunicação são os professores e alguns acham que são os donos da verdade. Trata-se de uma grande viagem para seu ego. O aluno acaba relegado a um papel passivo em sala de aula. Quando o curso é formatado para a educação a distância, os papéis do professor e do aluno mudam. O professor não é mais o entregador do conhecimento, é seu “arquiteto”. Decide qual material é incluído e em que profundidade. O aluno é responsável por estudar a matéria antes das "aulas", que se transformam em momentos de discussão do material lido entre os alunos. É nesse momento que ocorre a aprendizagem.

Outra função importante do professor em EaD é auxiliar o aluno a filtrar informações. A multiplicação de fontes de informação na internet, algumas menos confiáveis ou mais enviesadas que outras, requer um trabalho de um guia experiente em uma grande excussão. Ele deve acompanhar as conversas dos alunos durante as sessões de discussão e interferir quando eles chegarem a um impasse. Deve ajudá-los a interpretar os textos, a ler entre as linhas, algo que nenhuma tecnologia atual pode fazer. Ai sim conquistar todos os alunos gradativamente conforme a limitação de cada um sem exceção o que impedira a evasão no curso.

Baseado na entrevista Fredric Michael Litto – Aula tradicional é "viagem para ego do professor",
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/